• Zagueiro-artilheiro de alto astral comemora os gols decisivos na Toca

O zagueiro Leonardo Silva curte ainda os dois gols marcados na goleada sobre o Atlético, por 5 a 0. Ele foi decisivo na vitória que praticamente garantiu ao Cruzeiro o bicampeonato mineiro. “É como um filme que fica passando na cabeça. Os gols, os momentos da partida; passa tudo o tempo todo”, observa este carioca que aproveitou a folga de ontem para passear com os familiares por Belo Horizonte - no domingo, após o jogo, ele saiu para jantar com a mulher Daniela.
Com seus 1,92 metro de altura e impulsão impressionante, o zagueiro foi decisivo num momento crítico da partida - o time celeste vencia por 1 a 0 e tentava ampliar a vantagem. “Acho que subi bem, tive uma impulsão de 40, 50 centímetros. Mas a gente trabalha bastante no dia-a-dia a bola parada na Toca. Procura também se posicionar bem e o Wagner esteve perfeito em suas cobranças”, frisa. “E fico feliz por essa função ofensiva ter dado certo, principalmente no momento crítico da partida. Pois também temos que nos preocupar com a marcação”.
Leonardo Silva já marcou quatro gols neste ano, três deles de cabeça - o de pé foi um petardo na vitória sobre o Ituiutaba por 2 a 1, no segundo jogo das semifinais do Campeonato Mineiro. O zagueiro conta que, pela primeira vez, balançou as redes duas vezes numa decisão. E por isso não esconde a alegria pela façanha. “Já tinha feito dois gols numa mesma partida. Foi pelo Campeonato Carioca em 2002, jogando pelo América. Vencemos o Flamengo por 2 a 1. Mas, numa final, é uma situação incomum e inédita para mim. Estou muito feliz e contente, mas, principalmente, por ter contribuído com meus companheiros em uma vitória importante para nossos objetivos”.
Leonardo Silva diz que a confiança do treinador Adilson Batista em seu futebol serve para aumentar a motivação. “Eu fui indicado por ele e isso dá confiança. E torna mais fácil as coisas, mas é preciso também trabalhar para corresponder à expectativa”, destaca o zagueiro, que veio do Vitória/BA. Leonardo Fabiano da Silva e Silva nasceu no Rio de Janeiro e, em 22 de junho, completa 30 anos.
O jogador, porém, não esconde a tristeza por ter recebido o terceiro cartão amarelo e ter de ficar de fora da decisão no domingo. “Fico triste por isso, mas vou estar lá no Mineirão para levar apoio aos meus companheiros. Demos um passo importante, mas ainda não conquistamos o título”, pondera.
Nesta temporada, os gols de defensores têm sido um dos fatores de sucesso do time celeste. Até agora, os jogadores de trás já marcaram 16 gols dos 67 - ou 23% do total