• Cruzeiro passeia no Morumbi e garante vaga

19-06-2009 13:38

SÃO PAULO - Com muita personalidade e um futebol de toques envolventes, o Cruzeiro derrotou o São Paulo por 2 a 0, ontem à noite, no Morumbi, e conquistou a vaga para as semifinais da Copa Libertadores da América. Assim, o time celeste continua na luta pelo tricampeonato. Será a sexta semifinal da equipe no torneio continental. Henrique e Kléber construíram o triunfo cruzeirense, que, além de garantir a classificação, acabou com tabu de seis anos sem vencer o adversário na capital paulista - a última vitória tinha sido em 6 de abril de 2003, 4 a 2 pelo Brasileirão. A Raposa já tinha vencido o primeiro duelo com o São Paulo por 2 a 1, no Mineirão.
Agora, o Cruzeiro abre as semifinais contra o Grêmio, já na próxima quarta-feira, no Mineirão. O segundo jogo será provavelmente no dia 2 de julho, no Olímpico, em Porto Alegre. E o time celeste vai ter um reforço para o jogo da volta: o volante Ramires, negociado com o Benfica (Portugal), que está servindo à Seleção Brasileira na Copa das Confederações, na África do Sul. Antes, no Brasileirão, enfrenta o Barueri, neste domingo, no Mineirão.
Um dos mais empolgados com a classificação, o atacante Kléber destacou a determinação da equipe. “Isso é importante para a gente porque, às vezes, a gente é muito cobrado. Estava faltando isso, essa vontade e garra”, destacou o jogador, que ontem teve outra boa exibição, dedicada à namorada Débora.
Bastante rouco, o técnico Adilson Batista ressaltou a importância da postura do time. “Quase não tenho mais voz, mas quero enaltecer a postura do grupo. Mesmo com o São Paulo sem dois jogadores expulsos, o Cruzeiro foi melhor, se posicionou corretamente e foi merecedor da vitória”, disse. Para ele, agora o pensamento está voltado para o Grêmio - com o qual foi campeão da Copa Libertadores em 1995.
“Será um jogo complicado esse com o Grêmio, time pelo qual tenho muito carinho. Mas vamos analisar com calma e ver o que fazer para ir à final”, comentou o treinador, que recebeu uma proposta de antecipação de renovação de contrato por mais dois anos. Contra o Barueri, ele completa 100 jogos no comando do time celeste.
Ontem, Adilson Batista perdeu um titular momentos antes da partida: o volante Fabrício, por causa de uma lesão muscular. Ele optou pela entrada de Elicarlos para compor o meio.
Em campo, o Cruzeiro procurou esfriar o ânimo do tricolor paulista com toque de bola, principalmente por parte de Marquinhos Paraná e Wagner. Além disso, Elicarlos e Henrique se revezavam na marcação de Marlos, responsável pela articulação de jogadas do adversário.
O time celeste buscou sempre os contra-ataques. E teve chance para marcar com Wellington Paulista, aos 22 minutos. Gérson Magrão cruzou para área e o atacante, desmarcado, cabeceou sem direção, desperdiçando boa chance. Logo o Cruzeiro passou a envolver o adversário. Em rápida manobra, Kléber recebeu e chutou para defesa importante de Dênis. O São Paulo insistia no jogo aéreo, mas sem eficiência.
Previsível, o São Paulo chegou com perigo ao ataque somente aos 38 minutos, num chute de Júnior César para defesa fácil de Fábio. A essa altura o jogo era bastante nervoso, com muitas faltas, tanto que o volante Eduardo Costa - que já tinha o cartão amarelo - deu uma entrada mais dura em Jonathan, aos 43 minutos, e foi expulso pelo árbitro argentino Sergio Pezzota.
No segundo tempo, o Cruzeiro, com um jogador a mais, marcou sob pressão para tentar surpreender o time paulista. Logo o Cruzeiro - que jogava pelo empate - teve a chance de abrir o placar. Depois de uma rápida trama pela esquerda, Gérson Magrão cruzou para a área. Wellington Paulista, de novo sozinho, chegou atrasado, perdendo a oportunidade de marcar aos 12 minutos.
Com o placar favorável, o time celeste tocava a bola, envolvendo o adversário, até abrir o marcador. Henrique recebeu a bola na direita e arriscou, de longe, um petardo para superar Dênis e fazer 1 a 0, aos 20 minutos. Depois disso, o técnico Adilson Batista tirou Wagner para a entrada de Jancarlos. E ele fechou ainda mais a equipe cruzeirense com o zagueiro Thiago Heleno no lugar de Jonathan.
Mesmo com as mudanças, o Cruzeiro continuou com maior volume de jogo e quase ampliou com Kléber, que chutou com perigo. E não demorou para ampliar o placar e garantir a vaga nas semifinais. Numa manobra pelo meio, Bernardo chutou e André Dias - que já tinha cartão amarelo - tocou com a bola na mão. O árbitro marcou pênalti e ainda expulsou o zagueiro do São Paulo. Kléber bateu, aos 37 minutos, e fez 2 a 0. E com dois jogadores a mais, Wellington Paulista ainda carimbou o travessão de Dênis diante dos gritos de “olé” nas arquibancadas.
Estudiantes também vai às semifinais
O Estudiantes, da Argentina, tricampeão da Libertadores nas edições de 1968, 1969 e 1970, superou ontem à noite o Defensor, do Uruguai, por 1 a 0, na Argentina, e avançou para a semifinal da Libertadores. O próximo adversário do time argentino do meio-campista Verón, em busca de uma vaga na decisão do torneio sul-americano, é o Nacional, do Uruguai, que eliminou o Palmeiras na noite da última quarta, em Montevidéu.
Como tinha vencido a partida de ida, no Uruguai, também por 1 a 0, o Estudiantes entrou em campo ontem em vantagem. Mesmo assim, o placar foi aberto logo aos 13 minutos do primeiro tempo, com o gol de Benítez.

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