Adílson comemora classificação, mas reclama de críticas

19-06-2009 13:36

O técnico Adílson Batista mostrou dois lados distintos durante a entrevista coletiva após a classificação do Cruzeiro para as semifinais da Libertadores da América, conquistada com a vitória por 2 a 0 sobre o São Paulo. De um lado, a alegria pelo grande resultado. De outro, a irritação com as críticas feitas por parte da imprensa após os últimos resultados negativos do clube fora de casa no Campeonato Brasileiro.

Primeiro, o treinador enalteceu o desempenho dos atletas no Morumbi e fez questão de agradecer a presença dos torcedores celestes no estádio. Para Adílson, o resultado foi incontestável. “Quero enaltecer os jogadores pela dedicação, o empenho e a postura. O objetivo foi cumprido. O Cruzeiro se posicionou corretamente, teve personalidade, criou mais e foi merecedor. Gostaria de agradecer também a presença do torcedor que veio aqui. Os atletas corresponderam”, disse.

Em seguida, Adílson deixou clara sua insatisfação com as recentes críticas da imprensa após os seguidos insucessos do Cruzeiro como visitante no Brasileirão. “Criaram algumas situações que o Cruzeiro não vence fora. O Cruzeiro ganhou dois jogos (pela Libertadores) e sofreu empate. Eu não sou de reclamar, mas nos últimos quatro jogos o Cruzeiro vem sendo prejudicado pela arbitragem. A gente precisa analisar com mais cuidado e ter um pouquinho mais de critério”.

O comandante também se mostrou incomodado quanto perguntado sobre as declarações feitas pelo presidente Zezé Perrella antes do jogo, reiterando o apoio incondicional ao treinador. Adílson afirmou que jamais sentiu seu emprego ameaçado, mesmo se Cruzeiro desse adeus à Libertadores. “Não é que eu tive apoio (do presidente). É que aqui no Brasil a gente cria. O Muricy está saindo agora, né? É assim que funciona no Brasil. Sempre se olha para o lado negativo das coisas. Infelizmente, enquanto não se der educação para o país, fica mais fácil vender jornal assim. As pessoas têm um pouquinho mais de dificuldade de compreender as coisas. Eu também não estava saindo, independente de qualquer coisa. É só analisar o trabalho. Alguns de vocês podem até estar um pouquinho incomodados, mas acho que até o fim do ano eu fico”, disparou.

Sobre o desejo de Zezé Perrella de estender o contrato do treinador por mais dois anos, Adílson disse que o assunto não é novidade. “O presidente já falou comigo sobre isso várias vezes. Não foi na semana passada, ou em função do resultado. Toda hora eu vou tomar um vinho na casa dele e ele sempre diz para eu ficar mais um pouquinho, para a gente terminar o mandato (do presidente, que vai até 2011). Acho que isso é em função de termos uma sintonia, de eu respeitar o clube, de eu ter uma identificação com o clube, estar trabalhando. Ele vê isso”, explicou, sem entrar em detalhes sobre a possibilidade de estender o vínculo.

Adílson também falou sobre o Grêmio, adversário celeste na semifinal do torneio continental. O cruzeirense, capitão do tricolor gaúcho na conquista da Libertadores de 1995, lembrou da sua longa história no clube e elogiou muito o colega de profissão Paulo Autuori, técnico do rival. “O Grêmio faz parte da minha vida, tenho um carinho muito grande pelo clube. Acho que acertaram na contratação do Paulo Autuori. É um profissional que eu tenho uma admiração muito grande, pelo trabalho que faz, pela pessoa que é. Vamos ver o que podemos fazer para conseguir essa vaga na final”, finalizou.

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